terça-feira, 6 de novembro de 2012

OFICINAS DE REDAÇÃO 2012




  
MORRER OU PERDER A VIDA
Daniela Ramalho da Silva – E-2101

Era meia-noite, o sol brilhava. Havia escuridão na luz, podiam se ouvir gritos silenciosos.
Em meio àquele breu, era possível ver as  pessoas felizes que moravam naquele lugar.
Havia uma mulher cega. Essa mulher cega  tinha uma beleza encantadora. Um certo dia apareceu um homem que também era cego. Eles se olharam e viram um ao outro, se apaixonaram e depois de algum tempo, se casaram. Eles tiveram muitos filhos, apesar da mulher ser estéril.
Com o tempo, eles perceberam que não podiam viver um sem o outro, e se separaram. A mulher chorava, apesar de estar rindo de tristeza. O calor daquele inverno que não passava causava grande frio.
No final da história, cada um seguiu seu próprio caminho. A mulher morreu e o homem perdeu a vida.




FÉRIAS NA CASA DO MEU AVÔ
Diogo Ramos Moreira – E-2101

Nas férias, fui à fazenda do meu avô, no meio do mato, com a estrada cheia de lama, com um calor que dava para fritar um ovo naquele asfalto. Não tinha nenhuma sombra. Lá na fazenda tinha uma plantação de laranja do lado da casa, e todo dia de manhã aquele cheiro de jaca entrava pela janela. Dormia tarde por causa do trânsito intenso do lado de casa. Num sábado, fui pescar como meu avô, às 5 horas. Quando voltamos do açougue,  era 12 horas, não tinha eletricidade na casa do meu avô. Todo dia eu dormia com a televisão ligada.
Meu avô mandou lavar o banheiro antes de ordenhar as vacas, depois de varrer o quintal,  como ele pediu. Fui perguntar a ele onde estavam as cabras que eu iria ordenhar.
Fui acampar com o meu avô na mata. Então depois de arrumar a barraca com o velho, ficamos olhando aquele lindo campo florido.
As férias estavam acabando e eu tinha que ir embora da chácara do meu avô. Então peguei o trem e fui embora para casa.



UMA LINDA HISTÓRIA QUE NÃO É UMA LINDA HISTÓRIA
Tayná Souza de Carvalho – E-2101

Numa linda manhã de sol, estava chovendo, e eu e minha amiga fomos para o shopping ver algumas vacas e umas galinhas. Chegando lá, encontrei um pé de jabuticaba cheio de acerola; subi no pé, mas quando eu subi, veio um porco voando em minha direção e me derrubou, e a minha amiga brigou comigo porque eu não tinha pego as melancias.
Indo embora para o aeroporto pegar o ônibus, minha amiga viu um cachorro sangrando. Ele estava parindo um coelho. Nós pegamos ele e levamos  para o sanatório. Chegando lá, as mulheres começaram a apertar o coitado do cachorro e falando “vamos comer ovo da páscoa”. Um homem olhou para o coelho e falou: esse coelho é meu filho. Eu o abandonei quando ele tinha dois aninhos.
Então eu  e minha vó fomos para casa e deixamos o cachorro com o seu pai, que foram felizes para sempre.



CHAPEUZINHO VERMELHO E OS TRÊS PORQUINHOS
Júlia Gomes – E-1101

Chapeuzinho Vermelho morava em uma linda casa na cidade de Macaé, com a sua mãe. Ao lado dela, moravam os três porquinhos, seus grandes amigos. Um belo dia, Chapeuzinho Vermelho saiu para ir até a casa de sua avó levar um delicioso bolo para ela. Feliz, ela cantava: “...nossa, nossa, assim você me mata...ai se eu te pego...ai se eu te pego...” Na rua, ela encontra com os três porquinhos, e eles perguntam para ela:
- Aonde você vai?
Ela responde:
- À casa da minha vó levar esse bolo para ela.
Interessados no bolo, os porquinhos resolvem  seguir a Chapeuzinho sem que ela percebesse. Chegando à casa de sua vó, Chapeuzinho dá de cara com um homem e ele logo fala:
- A sua vó saiu rapidinho e já está voltando. Eu vim visitá-la.
Curiosa com  a aparência do homem, Chapeuzinho pergunta:
- Para que esse nariz tão grande?
Ele responde:
- É para cheirar melhor.
Chapeuzinho:
- Huuummmm... e essa boca?
Ele responde:
- É para eu poder falar melhor.
Chapeuzinho:
- E essas mãos grandes?
Ele respondeu:
- É para eu poder te acariciar melhor.
O homem logo parte para cima de Chapeuzinho e tenta estuprá-la. Os três porquinhos escutam tudo pelo lado de fora e correm para chamar a polícia. A polícia chega ao local e prende o homem. Logo em seguida a vó de Chapeuzinho chega sem saber o que está acontecendo e os porquinhos contam tudo.
O homem, segundo o depoimento da vó, era um grande amigo dela, e ele negou tudo para ela.
Chapeuzinho, feliz porque os três porquinhos salvaram sua vida, agradece e vai para casa cantando: “nossa...nossa...quase você me mata...ai que alívio...ai que alívio.
MORAL: pedofilia é crime!


EU NASCI ASSIM...
Lorena – E-1101

No dia 17 de março de 1997, aconteceu uma coisa que a minha mãe já esperava há nove meses. A primeira vez que a vi, o nosso primeiro encontro, o meu primeiro dia no mundo. Foi um momento muito especial, tanto para ela quanto para mim.
Era uma sensação estranha, pois estava acostumada com a escuridão em que vivi durante os nove meses, mas eu podia sentir o carinho e o amor que ela me transmitia, todos os cuidados que ela teve comigo. Mas ao mesmo tempo que sentia todas essas coisas, ao sair da sua barriga, minha antiga casa, senti uma estranha sensação de estar sendo excluída, expulsa de minha moradia. Era como se estivesse acabando com tudo aquilo que vivi durante os nove meses, e pensei que tudo ia acabar logo e voltaria novamente.
Mas depois vi que estava errada. Não iria acabar o que vivi e o que senti quando estava dentro da barriga da minha mãe e sim começar tudo de novo, só que de uma forma diferente, pois além de senti-la, agora eu podia tocá-la, vê-la e receber seus carinhos e carinhos de outras pessoas que também já me amavam. E foi assim que eu nasci.



BRANCA DE NEVE E SEUS ANÕES
Sâmela – E-3101

Certa manhã, a Branca de Neve e seus anões estavam dando um passeio pela floresta, e do nada apareceu aquele lindo lobo, de olhos castanhos, e ela se encanta por aquilo tudo. Podem gritar, meninas, era o Jacob do  Crepúsculo.
Os anões diante daquela situação ficam bolados e começam a bolar um plano para desencantar sua amada, e procuram logo o Burro do Shreck para pedir conselhos. O Burro, que adora uma fofoca, uma confusão, dá a ideia deles acusarem a Branca de Neve de pedofilia, porque assim o Jacob não ia querer mais nada  com ela, e assim eles fazem. Chamaram o Jacob para conversar, e contaram uma mentirada do cão, disseram que eles não eram anões e sim crianças, contaram uma história de louco. O Jacob como é bonito, e todo bonito é idiota, caiu naquela conversa toda, chegou para a Branca de Neve e disse que não podia ficar esquentando  mais sua pele branca. Foram horas de muitas lágrimas derramadas, e ela, desenganada, come uma maçã que estava sobre a mesa e fica desacordada até um lindo príncipe beijá-la, e então fica tudo certo...e tudo termina com aquele famoso “felizes para sempre”.

  

BELA ADORMECIDA
Janaína Thalia – E-1102

Um reino soberano estava prestes a receber várias pessoas para uma festividade. Nascera a pequena Aurora, a princesa do reino.  Seus pais fizeram todos os preparativos e toda a organização. Convidaram várias pessoas e quatro fadas para conceder dotes para a menina. A festa foi bastante divulgada em todas as redes sociais. O povo do Facebook fazendo bastantes comentários sobre o assunto. A festa iria bombar.
Bem, só que um imprevisto ocorreu. A quarta fada não leu o convite e estava desinformada sobre o assunto. Decidiu ir à festa sem convite e amaldiçoar a  menina.
Chegando a festa, muita música rolando, o povo dançando, surge a notícia de que os sete anões iriam à festa também. Então a rainha e o rei ficam muito felizes.
De repente, apagam-se as luzes. Iria começar o show mais esperado em homenagem a menina. Xuxa, a rainha dos baixinhos, e a galera foi ao delírio com “ilariê...”
Bem, com toda empolgação, a quarta fada invade a festa e proclama maldição. Imediatamente, surge o Gato de Botas em defesa da princesa; pega sua espada e seu burro  e sai ameaçando a fada má, mas o pior já acontecera, o feitiço já tinha sido feito. Aos 15 anos, a menina iria espetar o dedo numa agulha de fiar.
Passaram-se 15 anos. O rei havia mandado acabar com todas as agulhas, mas a menina espeta seu dedo, e assim adormece juntamente com todos do reino.
O príncipe de um outro reino ao lado fica sabendo da história, já que não paravam de comentar no Facebook e de fazer menções no Twitter sobre o assunto. Então pega seu GPS e parte rumo ao reino adormecido.
Chegando lá, todos estão adormecidos. O príncipe então vai até um quarto onde está a princesa. Aí surge a ideia de pegar uma câmera fotográfica e tirar fotos dela, caso o beijo não funcionasse, mas logo após as fotos ele a beija e assim todos despertam.
O final todos já imaginam: eles se casam e são felizes para sempre.




EU NASCI ASSIM
Kimberly – E-1102

Lembro-me como se fosse ontem quando minha mãe descobriu que estava grávida de mim. Ela já estava com cinco meses, mas por ainda não apresentar quase barriga e ocorrer um sangramento mensal que ela confundia com menstruação, só descobriu nessa época. Senti a felicidade que ela sentiu, e os carinhos que ela fazia na própria barriga... não sei se sentia suas mãos ou se já eram estímulos vindos do cérebro. O que sei é que desde lá já sentia o quanto era desejada, embora não planejada. Lembro como mamãe ficou emocionada ao saber que era uma menina, a primeira menina, segundo filho.
Eu me desenvolvia a cada dia, me alimentava e respirava pelo cordão umbilical, pensando eu que aquela sensação maravilhosa duraria para sempre, que por toda a minha vida eu ficaria ali ouvindo o palpitar hipnótico do coração da minha mãe.
Até aquela noite...
Dia 20 de julho, dia do amigo, uma hora da manhã. Eu repousava tranquila juntamente com minha mãe quando senti algo estranho. Foi um estalido mínimo, e como se estivessem me roubando a água que fora minha por tanto tempo.
Lá de dentro ouvia a correria, minha mãe respirando rápido, e minha água indo embora. Demorou um certo tempo, mas logo minha mãe estava deitada novamente e eu pensei  que tudo ia voltar ao normal. Vai ver era como um aquário:  a água precisava ser trocada. Deitada, comecei a ouvir como se estivessem cortando algo, e logo uma luz forte veio nos meus olhos tão acostumados com a escuridão dentro da minha mãe. A água começou a escoar mais rápido e eu não sabia o que fazer. Algo me tocou. Era um toque plástico, nada parecido com o da minha mãe. Aquelas mãos encapadas  começaram a me puxar, separando-me da minha mãe, mas ainda havia meu umbigo que me ligava a ela. Eles não conseguiriam completar aquela maldade absurda...
Mas o cordão foi cortado...
Entrei em desespero. O que eles pretendiam? Eu tão indefesa, tão pequena, e ninguém se mexia para me defender. Eu via somente vultos, mas sentia onde estava minha mãe.
Quando pensei que tudo já tinha acabado, o desgraçado ainda fez questão de dar uma tapa na minha bunda. “Epa, mas que merda é essa?” Mas ao invés de falar, a única coisa que saiu dos meus lábios foi um choro alto e forte.

Ele me pôs então em algo de toque aveludado que me envolveu, e uma mulher me levou até perto da minha mãe, que encostou seus lábios em minha cabeça. A mulher então me pôs no peito de minha mãe, que passou as mãos nas minhas costas. Seu toque suave me fez parar de chorar. Ao reconhecê-la também pelo cheiro, me tranquilizei, e o compasso de seu coração me fez voltar a ficar bem, pois senti que depois de todo aquele sofrimento, minha mãe estava comigo novamente, e sempre estaria.


sábado, 13 de agosto de 2011

OFICINAS DE REDAÇÃO - 2011


PARA SEMPRE É MUITO TEMPO - Luana Silveira

Todos nós, quando passamos pela adolescência,
Pensamos que tudo vai durar para sempre:
Aquela amizade,
aquele namorado...
Mas nem sempre é assim.
Os amigos desaparecem,
o namorado te decepciona
Tudo aquilo que pensamos que vai durar
Muito tempo, sempre um dia se acaba.
Acabamos levando aquele susto,
Pois não estamos esperando que aquilo que queremos acabe.
Algumas amizades acabam durando,
Pois as pessoas acabam gostando umas das outras de verdade.
Devemos escolher bem com quem queremos estar para sempre,
Pois para sempre é muito tempo.




"E O VENTO LEVOU" - MARIANY LOUISE PEREIRA DOS SANTOS

SENTADA NO SOFÁ,
TENTANDO ME LEMBRAR
DA ESPERANÇA QUE EXISTIA
EM CADA OLHAR,
O TEMPO PASSOU,
A NOITE CHEGOU,
E O QUE SOBROU?
RUÍNAS DE UMA VIDA
QUE NÃO ENXERGOU,
E O VENTO LEVOU...

O SOFRIMENTO  QUE SE PASSA
NA SUA FRENTE
É O QUE EU ESPERAVA
DE UM MUNDO INDECENTE;
TENTANDO APAZIGUAR,
O QUE FAZEM É PIORAR.

NESSE MUNDO NADA TEM VALOR,
O QUE SE TINHA,
O VENTO LEVOU...
E LEVA DE NOVO,  E DE NOVO...
ATÉ QUANDO VAI ACHAR QUE O VENTO NÃO VAI TE LEVAR?
OLHA A SUA VOLTA E  COMECE A PENSAR!

CANTADA - Bruna Bastos 

Você é mais bonito
Que as praias de Fernando de Noronha.
Você é mais bonito
Que os vestidos da Coca-cola.
Você é mais bonito que o meu notebook,
Que Hollywood de noite,
Que a coleção da melissa em meus pés.
Você é mais bonito
Que um porsche.
Você é mais bonito
Que a universidade de Harvard,
Mais bonito que Cristiano Ronaldo,
Que a praia do Forno de Arraial,
Mais bonito que um céu estrelado,
Que a cachoeira da Bicuda.

Olha,
Você é tão bonito
Quanto à coleção de filmes do Harry Potter,
E quase tão bonito
Quanto Nossa Senhora das Neves


CANTADA - Gabriela Ferreira Barbosa

Você é mais bonito
Que um laço 
De fita de cetim.
Você é mais bonito
Que o pôr-do-sol 
Numa praia.
Você é mais bonito que um pássaro,
Que um gato peludo,
Que um ator de filme americano.
Você é mais bonito que o céu 
Em uma noite estrelada.
Você é mais bonito que uma
Explosão de fogos de artifício,
Mais bonito que o Taylor Lautner,
Que o castelo da Cinderela, na Disney,
Que as gotas de orvalho em plena manhã 
De uma floresta encantada.

Olha,
Você é tão bonito
Quanto as flores de um lindo jardim,
E quase tão bonito... é ...
Não existe nada mais bonito que você.

 CRONIQUINHA
 
"Todos os dias da semana, eu acordo cedo e vou para  a escola; quando chego lá, encontro meus colegas e bato um papo com eles, retorno para casa, e fico o dia todo assistindo TV". (Gabriela Ferreira Barbosa)













segunda-feira, 26 de abril de 2010

TEXTOS 2010 - OFICINAS DE REDAÇÃO

Meu jeitinho simples de ser

Meu nome é Sâmela
Gosto de muitas coisas
Não tenho aquela coisa certa,
Não gosto de mentiras e falsidades,
Gosto de sair com minha família,
Fazer coisas diferentes.

Não sou santa,
Mas também não sou perigosa.
Faço coisas que uma adolescente
Normal faz,
É claro que uma baguncinha
Às vezes faz parte,
Mas nem é sempre.

Se eu for contar tudo,
Vou fazer um livro,
Mas acho que isso
Já é o bastante.

Sâmela – E-1101



O bonitinho do Colégio

Todo dia passo no corredor do colégio
e lá está o menino...
bonito, tímido e atraente.
Na hora do recreio,
novamente ele está lá
no seu canto sozinho,
com um fone no ouvido.
Ele olha para mim
cheio de vergonha
e quando olho também,
ele se vira.
Eu vou chegar e falar com ele
com todo respeito,
e vamos conversar.


Thailane Raposo – E-1102




Minha comida preferida


Minha comida preferida é arroz e feijão,
E quando como, sinto muita emoção
E me alegra o coração.
Dá vontade de comer de montão
E quando como enche o meu buchão,
Só sei que a melhor comida do mundo
É arroz e feijão.


Ewerton dos Santos Fernandes – E-2101



QUESTIONAMENTO: O aluno pode entrar na escola a qualquer hora?


A culpa não é nossa



As vezes um acidente, outra um imprevisto, ou um simples descuido. Nem sempre o aluno tem culpa de chegar atrasado na escola.

Alguns alunos, como eu, dependem de ônibus, e outros meios de transportes escolares, normalmente Kombis. Muitas das vezes, esses transportes, em seus trajetos precários e cheios de obstáculos, chegam atrasados, ou melhor, nem chegam! É buraco, lama, pontes quebradas... Ou o transporte quebra, ou ele não passa na hora certa. Esse atraso nem sempre é devido às estradas, mas também a falta de responsabilidade de algumas empresas. Uma tremenda falta de respeito!

Quando alguns alunos chegam fora do horário normal de entrada, os diretores e porteiros nem nos deixam falar. Já vão barrando os alunos, ameaçam dar suspensão... Algumas vezes, a gente consegue conversar, mas é muito difícil conseguir entrar sem reclamações. É verdade que alguns alunos chegam atrasados por dormirem um pouco mais, mas é preciso ouvir os alunos!

Se o aluno tiver argumentos para justificar seu atraso, tudo bem. Fora isso, já foge da ordem e regularidade da escola. Acaba virando bagunça.


Cristian Guimarães Thomaz – E-3101



QUESTIONAMENTO: Deveria ser permitido a troca de beijos e caricias no pátio da escola?



Em minha opinião, deveria haver, sim,  as trocas de beijos e carícias no pátio, pois o aluno(a) se sentiria mais à vontade com sua parceira(o) dentro da escola, sim! É claro que algumas regras são necessárias, tipo: não trazer seus problemas relacionais que tem fora da escola, não dar muito amasso, etc...Embora outras pessoas achem errado isso, pois podem vir a se sentir mal, mas vejamos um lado positivo: as trocas de beijos e caricias, são apresentados como um modo de desejo opcional, você pode optar por beijar ou não, contando que seja em horas vagas, não dentro de sala por respeito aos professores e aos colegas, evitando também que isso vire rotina, pois pode estragar o relacionamento; evitar beijar a todo momento, pois pode virar distração e motivos para que suas notas caiam. Acho também que os professores e funcionários da escola têm todo o direito de ter suas trocas de beijos e carícias, pois, se podemos ter o direito, por que eles não?!

Wilian Gonçalves Magno – E-2101

domingo, 4 de abril de 2010

OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA - POESIA - 4o e 5o anos - FUNDAMENTAL

(Adaptação do caderno  POETAS DA ESCOLA,  da OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA 2010, feita pelo professor ISAC MACHADO DE MOURA)
 
POETAS, POEMAS E POESIA

Os poetas escrevem para emocionar, divertir, convencer, fazer pensar o mundo de um jeito novo. Para isso usam diferentes recursos, como rimas, repetições, metáforas e até mesmo formas diferentes de colocar as palavras no papel. Tudo para transmitir ideias, experiências e emoções ao leitor.
O poeta pode jogar com a sonoridade, rimando as palavras, repetindo sons parecidos nos versos, fazendo com que eles ecoem ao longo do texto.
O POEMA é caracterizado por dois aspectos fundamentais: a maneira original de os poetas verem as coisas, que encanta e emociona o leitor, e o uso das palavras de forma especial, de modo diferente do habitual.

Segundo Marisa Lajolo, especialista em literatura:

“... poeta brinca com as palavras... parece que o poeta diz o que a gente nunca tinha pensado em dizer...”
“... um poema é um jogo com a linguagem. Compõe-se de palavras: palavras soltas, palavras empilhadas, palavras em fila, palavras em ritmo diferente da fala do dia a dia. Além de diferentes pela sonoridade e pela disposição na página, os poemas representam uma maneira original de ver o mundo, de dizer coisas...”
“... poeta é, assim, quem descobre e faz poesia a respeito de tudo: de gente, de bicho, de planta, de coisas do dia a dia da vida da gente, de um brinquedo, de pessoas que parecem com pessoa que conhecemos, de episódios que nunca imaginamos que poderiam acontecer e até a própria poesia!...”

POEMA E POESIA

POESIA é a “arte de criar imagens, de sugerir emoções por meio de uma linguagem em que se combinam sons, ritmos e significados.” POEMA é a obra em verso ou não em que há poesia.” (Miniaurélio – sec. XXI).
Quando falamos em POEMA, estamos falando da OBRA, do próprio texto; e quando falamos em POESIA, estamos tratando da arte, da habilidade de tornar algo poético. Uma pintura, uma música, uma cena de filme também podem ser poéticos.

OFICINA 1 – MURAL DE POEMAS

• Planejar o mural de poemas;
• Resgatar a experiência dos alunos com poemas;
• Reconhecer os poemas em suas diversas formas.

ROTEIRO DE ATIVIDADES

1. Cada aluno deverá levar algum poema para a sala de aula; pode ser dos autores clássicos, da música popular, de pessoas da comunidade...

2. Organizar e executar um recital na sala;

3. Confecção de um mural com os poemas apresentados. É legal caprichar na apresentação: o papel onde os poemas serão impressos pode ser colorido; os alunos devem fazer margem nas folhas. Enfim, é preciso caprichar no visual do mural para torná-lo atrativo.
 

OFICINA 2 – O QUE FAZ UM POEMA

• Conhecer as características do poema: rimas, versos, estrofes.

PROVOCAÇÕES

1. Por que o poema é diferente de uma notícia de jornal, de uma receita de bolo ou de um conto?
2. Como os poemas se organizam no papel? Eles preenchem todo o espaço das linhas, da margem esquerda à direita?
3. Os versos pulam linhas?
4. De que tratam os poemas do mural?

TEM TUDO A VER
(Elias José)

A poesia
Tem tudo a ver
Com tua dor e alegrias,
Com as cores, as formas, os cheiros,
Os sabores e a música do mundo.

A poesia
Tem tudo a ver
Com o sorriso da criança,
O diálogo dos namorados,
As lágrimas diante da morte,
Os olhos pedindo pão.

A poesia
Tem tudo a ver
Com a plumagem, o voo,
E o canto dos pássaros,
A veloz acrobacia dos peixes,
As cores todas do arco-íris,
O ritmo dos rios e cachoeiras,
O brilho da lua, do sol e das estrelas,
a explosão em verde, em flores e frutos.

A poesia
- é só abrir os olhos e ver –
Tem tudo a ver / com tudo.

POESIA: uma lente para ver o mundo

Nesse poema, o autor mostra que a poesia é viva, dinâmica, e fala de pessoas, de animais, de objetos, de acontecimentos, de tudo. Muita gente acha que a função da poesia é cantar amores ou falar do que é belo. Mas seus alunos precisam entender que, na verdade, a poesia coloca em palavras a maneira como o poeta enxerga o mundo. E ela pode falar de qualquer coisa, não só das grandes e belas.

PROVOCAÇÕES

1. Sobre o que fala o poema de Elias José?
2. Por que o autor diz que “poesia tem tudo a ver com tudo”?
3. O que os poemas podem exprimir?
4. O poema tem que ter rimas?
5. Quantos versos e quantas estrofes têm o poema?

O QUE RIMA COMBINA

Palavras que rimam são palavras que se combinam, pois terminam com o mesmo som. A rima é um dos recursos que os poetas usam, mas nem todo poema precisa ser rimado.
Antigamente, havia normas para escrever versos. O poeta tinha regras definidas sobre as rimas e o número de sílabas de cada verso. Mas hoje já não é assim. O autor tem liberdade para seguir ou não essas regras.

VERSOS E ESTROFES

VERSO é cada uma das linhas do poema. ESTROFE é cada grupo de versos separados do grupo seguinte por um espaço. Um poema pode ter uma ou várias estrofes. E cada estrofe, um número variado de versos.


OFICINA 3 – PRIMEIRO ENSAIO

• Produção de um poema.

SÓ PARA LEMBRAR...

• Cada situação de produção textual varia, pois depende de quem escreve (o autor do texto), para quem escreve (os leitores do texto), com que finalidade escreve (divertir o leitor ou convencê-lo de alguma ideia) e, finalmente, onde será publicado (jornal, livro, revista, internet).

• Agora, os alunos serão POETAS, aqueles que escrevem para mostrar o mundo de um jeito novo, com o intuito de emocionar, fazer pensar ou divertir os leitores.

PRIMEIRA ESCRITA

A produção inicial aponta o que os alunos sabem sobre o gênero e dá pistas para que o professor possa melhor intervir no processo de aprendizagem. Esse primeiro texto também é importante para que os alunos avaliem a própria escrita. Com sua ajuda, professor, eles podem perceber o que é preciso melhorar e poderão envolver-se mais nas atividades das oficinas.


OFICINA 4 – MEMÓRIA DE VERSOS

• Resgatar e valorizar a cultura da comunidade.

CANTADOR (de sentimentos escondidos)
(Antonio Gil Neto)

Esta pequena história foi contada por meus bisavós, que contaram aos meus avós, que por sua vez, recontaram aos meus pais, que me contaram de novo... Agora a conto a você. Era um tempo em que Alvorada do Norte era uma cidade pequena e próspera. Vivia seus dias de trabalho e mansidão alternados, como se alternam os dias e as noites, o sol e a lua, a chuva e o vento.
O que aconteceu é que naquele belo dia a cidadezinha amanheceu de um jeito um tanto diferente. Uns minutinhos antes das dezenas de galos soltarem seus cocoricós costumeiros, as pessoas da minha cidade, ainda abraçadas a seus travesseiros ou mesmo de pé, no preparo da labuta do dia, ouviram algo diferente adrentando por portas e janelas ainda fechadas: “Acorda, Maria Bonita / Levanta, vai fazer o café / que o dia já vem raiando / e a polícia já está de pé...”
Mais ou menos no ritmo de um leve susto e do escuro se encontrar com o claro daquela manhã, os alvoradenses foram se dando conta do que acontecia: “Meu coração / não sei por quê / bate feliz / quando te vê / E os meus olhos ficam sorrindo / E pelas ruas / Vão te seguindo / Mas mesmo assim / foges de mim...”
Vou contar logo, porque não é fácil de explicar. Pelas ruas poucas da cidade passava naquele dia, como aparição, miragem, encomenda, um presente dos deuses. Era um jovem cantador. O que mais sei do que me foi dito é que ele apenas falava bem falado, cantava pelo ar palavras bem bonitas que deixavam todo mundo encantado, curioso, incomodado. Umas pessoas riam, outras se embeveciam e ainda outras experimentavam emoções pouco sentidas. Logo que alguém abria a janela, soltava: “Menina, minha menina / faz favor de entrar na roda / cante um verso bem bonito / diga adeus e vá-se embora...”
Vez por outra ele surpreendia seu cantar misturando-o com um achado pelo caminho. Rodopiando e declamando, cheirava solenemente uma flor e a entregava ao seu ouvinte – especialmente se fosse uma bela garota – como um adereço. Eu só sei que ele andou e voltou várias vezes pelas ruelas principais entoando com cerimônias de gesto e voz algumas preciosas palavras que tocaram de perto o sentimento das crianças, dos jovens e dos adultos. E depois, sem passe de mágica, nem mais, nem menos, sem dizer adeus a ninguém, ele foi embora: “Adeus, amor, eu vou partir / ouço ao longe um clarim...”
Desapareceu pelo ziguezague das estradas, com seu maracatu de corpo. Acho que ele foi encantar outros corações em outros lugares, penso eu...
O que sei, com certeza, é que até hoje, quando escuto um barulho diferente na minha rua, que já não é a mesma de outrora, seja de vento leve na folhagem, passarinho querendo fazer ninho ou até mesmo de alegria inventada, levanto bem de mansinho e espreito na minha janela para ver o cantador de palavras bonitas passar.


SÓ PARA LEMBRAR

Segundo o dicionário, poético não se refere apenas a poemas (texto em verso), mas a tudo aquilo que “produz inspiração, que tem qualidade, atmosfera, encanto, ou características da poesia.” O texto que acabamos de ler está escrito em prosa (jeito natural de escrever), é um conto, e é poético, pois traz encanto, produz inspiração.

PROPOSTAS DE ATIVIDADES

1. Se houver algum poeta na comunidade, convida-lo para fazer uma palestra, participar de uma oficina ou, simplesmente, conversar com os alunos e apresentar algumas de suas poesias.

2. Seria bem interessante se promover um recital diferente em que os alunos circulassem pela escola, entrassem nas salas de aula (acordo prévio com os professores), recitando poemas deles mesmos ou de outros autores, inclusive letras de música.


OFICINA 5 – UM OUTRO SARAU

• Agora, o objetivo é trabalhar com poetas brasileiros consagrados;
• É legal fazer cópias para todos, fazer um ensaio geral de declamação e depois cada um se apresentar na frente, declamando com vontade, impostação, gestos.

OBS.: Se a turma for muito grande, a apresentação pode ser definida através de sorteiro ou de voluntários.

• Podemos fazer um novo sarau, agora na quadra, no recreio, de uma forma inesperada e envolvente.

BUSCANDO SENTIDO

Já não podemos pensar o ensino da escrita desconectado da leitura. Para ler um texto não basta identificar as letras, sílabas e palavras, é preciso buscar o sentido, compreender, interpretar, relacionar e reter o que for mais relevante.
Quando lemos alguma coisa, temos sempre um objetivo: buscar informação, ampliar conhecimento, meditar, entreter-nos. O objetivo da leitura é mobilizar as estratégias que o leitor vai utilizar. Sendo assim, ler um artigo de jornal é diferente de ler um romance, uma história em quadrinho ou um poema.
Geralmente, quando lemos um poema, temos como objetivo o entretenimento, a busca do encantamento com a forma original e diferente que os poetas têm de ver o mundo. Diferentemente de outros gêneros de texto, um poema pode ser lido muitas vezes, e a cada leitura despertar uma nova emoção, novas ideias, novas sensações
Por outro lado, ler poemas traz desafios para o leitor. É preciso buscar significados, sentidos, descobrir como o poeta “brincou com as palavras”. Nossos alunos, na maioria das vezes, não têm familiaridade com a leitura de poemas. Assim, é tarefa nossa ajudá-los a vencer esse desafio. 

ALGUMAS DICAS PARA A LEITURA DE POEMAS

1. Ler em voz alta, pois para apreciarmos devidamente um poema é preciso escutá-lo.

2. Poemas têm sensações, impressões, sentimentos. Vamos descobrir o que o poema lido desperta em cada um de nós. O poema nos faz pensar em coisas alegres ou tristes?

3. Poetas têm um olhar único e original sobre um acontecimento, seus sentimentos, as belezas do lugar onde vive, mas muitas vezes nos identificamos com aquilo que está no poema.

4. Para encontrar o ritmo certo para a declamação, é preciso compreender os efeitos de sonoridade que o poeta usou.

5. Uma dica bem legal é ouvirmos, juntos, CDs com poemas declamados por atores famosos.


OFICINA 6 – RIMANDO

DUAS DÚZIAS DE COISINHAS À TOA QUE DEIXAM A GENTE FELIZ – Otavio Roth

Passarinho na janela, pijama de flanela, brigadeiro na panela.
Gato andando no telhado, cheirinho de mato molhado, disco antigo sem chiado.
Pão quentinho de manhã, dropes de hortelã, grito do Tarzan.
Tirar a sorte no osso, jogar pedrinha no poço, um cachecol no pescoço.
Papagaio que conversa, pisar em tapete persa, eu te amo e vice-versa.
Vaga-lume aceso na mão, dias quentes de verão, descer pelo corrimão.
Almoço de domingo, revoada de flamingo, herói que fuma cachimbo.
Anãozinho de jardim, lacinho de cetim, terminar o livro assim.

DICAS E ATIVIDADES

1. Podemos recorrer à memória e ao dicionário para encontrar palavras que normalmente não usamos, mas que podem deixar nosso texto mais bonito.

2. Vamos produzir um texto em verso sobre umas “coisinhas “a toa”, sobre alguém que observamos diariamente ou com quem tivemos um único contato visual, mas que nos impressionou. Vamos chamar a atividade de “quando a rotina vira poesia”. Podemos escrever, então, sobre o padeiro do bairro, o motorista do ônibus, o porteiro da escola, o moço da praça, a garota da locadora e muito mais.

3. outra proposta de produção (também em verso) é “umas coisinhas à toa que me deixam feliz.”

4. Ainda uma outra sugestão é fazer uma paródia do texto estudado, colocando suas próprias coisinhas, rimando.

OBS.: Não fazer rima com aumentativos e diminutivos.

5. Uma outra proposta é de uma dinâmica bem legal: um aluno diz uma palavra e outros 2 ou 3 colegas dizem outra que rime com a primeira. Todas as palavras vão sendo anotadas no quadro. Quanto mais raras forem as palavras, melhor. Terminada essa etapa, cada aluno (também pode ser em dupla ou trio) produz um texto utilizando a maior parte das palavras anotadas.


OFICINA 7 – SONS E QUADRAS

• Identificar rima, aliteração e repetição de versos;
• Criar quadras.

Para encantar os leitores, transmitir ideias e emoções de forma original, os poetas utilizam recursos poéticos, como: rimas, aliterações e repetições.

QUADRAS

São estrofes compostas por 4 versos. É uma forma antiga e popular de poesia usada pelo povo português desde a idade média, e ainda hoje, no Brasil.
Você lembra de alguma quadra ou “versinhos”, como chama o povo? Vamos compartilhar. Muitos desses “versinhos” viraram músicas, “cantiga de roda”.

O cravo brigou com a rosa,
Debaixo de uma sacada.
O cravo saiu ferido,
E a rosa despedaçada.


Não sei se vá ou se fique
Não sei se fique ou se vá
Ficando aqui não vou lá
E ainda perco o meu pique. 
(Silvio Romero)


Ô seu moço inteligente
Faça o favor de dizer
Em cima daquele morro
Quanto capim pode ter? 
(Ricardo Azevedo)

Os versos podem rimar de diferentes formas. Na primeira quadra, recolhida por Silvio Romero, o primeiro verso rima com o quarto (fique / pique) e o segundo verso rima com o terceiro (vá e lá). Já Ricardo Azevedo rima o segundo verso com o quarto (dizer / ter).

Lá no fundo do quintal
Tem um tacho de melado
Quem não sabe cantar verso
É melhor ficar ____________
(Ricardo Azevedo)

Muitas vezes os alunos ficam tão preocupados em encontrar palavras que rimam que até se esquecem de verificar se o verso construído transmite ao leitor uma ideia, um sentimento ou uma sensação. Quando trabalhamos com rima é muito importante que se perceba que não se pode abrir mão do sentido.
Entre os grandes poetas que produziram quadras, está o português Fernando Pessoa, que escreveu mais de quatrocentas. “A quadra é um vaso de flores que o povo pôe à janela da sua alma”, escreveu ele.

QUADRAS AO GOSTO POPULAR – Fernando Pessoa

Eu tenho um colar de pérolas
Enfiado para te dar:
As pérolas são os meus beijos,
O fio é o meu penar.


A caixa que não tem tampa
Fica sempre destapada.
Dá-me um sorriso dos teus
Porque não quero mais nada.


No baile em que dançam todos
Alguém fica sem dançar.
Melhor é não ir ao baile
Do que estar lá sem lá estar.


Vale a pena ser discreto?
Não sei bem se vale a pena.
O melhor é estar quieto
E ter a cara serena.


Não digas mal de ninguém,
Que é de ti que dizes mal.
Quando dizes mal de alguém
Tudo no mundo é igual.


DICAS E ATIVDADES

1. Quais as palavras que rimam e qual o esquema de rima usado por Fernando Pessoa?

2. Observar que o poeta não usa apenas verbos no infinitivo (cantar, dançar, chorar) para fazer as rimas. Ele também não usa palavras no aumentativo e no diminutivo (ão/ inho). Assim, ficaria muito fácil e pouco criativo. Ele rima com palavras variadas: verbos, substantivos e adjetivos.

3. Dividir a turma em duplas ou trios e pedir que produzam algumas quadras criativas.

ALITERAÇÃO

Mostrar aos alunos que existem outras formas de brincar com as palavras. Uma bem interessante é a ALITERAÇÃO, usada, por exemplo, pelo poeta brasileiro Cruz e Souza.
A aliteração consiste na repetição de fonemas nas palavras que compõem os versos.

VIOLÕES QUE CHORAM – Cruz e Souza

Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.


OFICINA 8 – POETA DO POVO

• Escrever acrósticos;
• Trabalhar com poema popular.

Além dos poetas clássicos e modernos, existem os “poetas popuplares”, que compõem versos que encantam e emocionam o leitor, como é o caso do cordel.

Um dos nossos maiores poetas populares se chama PATATIVA DO ASSARÉ. Além de folhetos de cordel, esse poeta tem inúmeros poemas publicados em livros, revistas e jornais.

POEMAS PENDURADOS NO VARAL

CORDEL é um estilo de poema popular da tradição nordestina. Cantado ou declamado, ele está presente nos festejos da comunidade sertaneja: feiras, festas religiosas, comícios. É uma poesia narrativa, ou seja, conta uma história. Geralmente, o tema é o cotidiano, a denúncia dos sofrimentos do povo, a exaltação de heróis, as lendas nativas. Chama-se cordel porque nos pontos de venda, os livretos costumam ser pendurados em um varal de fios de algodão – os cordéis.

EMIGRAÇÃO E AS CONSEQUÊNCIAS - Patativa do Assaré

Neste estilo popular
Nos meus singelos versinhos,
O leitor vai encontrar
Em vez de rosas espinhos
Na minha penosa lida
Conheço do mar da vida
As temerosas tormentas
Eu sou o poeta da roça
Tenho mão calosa e grossa
Do cabo das ferramentas

Por força da natureza
Sou poeta nordestino
Porém só conto a pobreza
Do meu mundo pequenino
Eu não sei contar as glórias
Nem também conto as vitórias
Do herói com seu brasão
Nem o mar com suas águas
Só sei contar minhas mágoas
E as mágoas do meu irmão

..............................................................................
Meu bom Jesus Nazareno
Pela vossa majestade
Fazei que cada pequeno
Que vaga pela cidade
Tenha boa proteção
Tenha em vez de uma prisão
Aquele medonho inferno
Que revolta e desconsola
Bom conforto e boa escola
Um lápis e o caderno.


O poema de Patativa do Assaré conta a história da seca no Nordeste, do sofrimento do povo, das injustiças sociais, da migração para o sul. Fala da luta, do trabalho e do perigo da entrada dos filhos na marginalidade.

ESTILO – Maneira de se expressar de um escritor (estilo individual) ou de um grupo de escritores de determinada época (estilo de época).

TEMA – Principal assunto ou mensagem de um poema (ideia principal).

Qual o tema do texto de Patativa de Assaré?

A POESIA traduz a forma como o poeta vê o mundo, e no mundo também existem coisas tristes. Logo, belos versos também podem falar de sofrimento e dificuldade. Observe com bastante atenção os quatro primeiros versos do texto que estamos estudando.

Neste estilo popular
Nos meus singelos versinhos,
O leitor vai encontrar
Em vez de rosas espinhos

Também é interessante observar que nesse trecho, o autor anuncia o estilo de poesia que ele faz, o popular. Ele avisa aos seus leitores que não encontrarão apenas “rosas” (coisas belas), mas também “espinhos” (tristeza e problemas).


COMO SE FOSSE UM TAMBOR

Muitos poetas querem que seus versos tenham ritmo e cadência, como se houvesse um tambor batendo a intervalos regulares. Patativa conseguiu esse efeito em seu poema. Chame a atenção dos alunos para o ritmo dos versos, mostrando como esse efeito encanta o leitor.

ACRÓSTICO

É um recurso poético em que as letras iniciais dos versos formam uma palavra ou frase na vertical. Muitas vezes, os acrósticos são criados a partir de um nome próprio. Os poetas populares usam bastante o acróstico com seu próprio nome para identificar seus textos. Assim, indicam que os cordéis expostos em espaços públicos, como feiras, são deles.

Posso dizer que cantei
Aquilo que observei
Tenho certeza que dei
Aprovada a relação
Tudo é tristeza e amargura
Indigência e desventura
Veja, leitor, quanto é dura
A seca no meu sertão.


OFICINA 9 – AS METÁFORAS

• Identificar e usar comparações, imagens e metáforas.

Ao ver o mundo de um modo poético, os poetas fazem comparações e criam metáforas.

O LEÃO – Vinícius de Moraes

Leão! Leão! Leão!
Rugindo como o trovão
Deu um pulo, e era uma vez
Um cabritinho montês.

Leão! Leão! Leão!
És o rei da criação!

Tua goela é uma fornalha
Teu salto, uma labareda
Tua garra, uma navalha
Cortando a presa na queda.

No verso “rugindo como o trovão”, o poeta estabelece uma relação de significado entre força, poder e volume de som.

Quando usamos expressões como “é pequeno como...”, “sua garra é afiada como...”, estamos fazendo COMPARAÇÕES.

Quando dizemos que alguém tem “olhos de jabuticaba”, estamos nos referindo aos olhos muito pretos dessa pessoa. Quando dizemos que “choveu canivete”, estamos querendo dizer que choveu muito forte. Nesses casos, estamos usando METÁFORAS.

Metáfora, portanto, é um tipo especial de comparação em que não usamos o comparativo como ou qualquer outro.

Você é como uma linda estrela. – comparação
Você é uma linda estrela. – metáfora

Quando usamos metáforas, falamos de um objeto ou de uma qualidade com palavras que se referem a outros objetos ou qualidades, mas que podem ser tomadas emprestadas para fazer comparação. Assim, quando digo que alguém tem uma saúde de ferro, estou tomando emprestada a força do ferro para dizer que essa pessoa tem uma saúde muito forte.


O céu bordado d’estrelas,
A terra de aroma cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
(Casimiro de Abreu)

1. Como seria o “céu bordado de estrelas”?

2. Qual o sentido dos versos “as ondas beijando a areia” e “a lua beijando o mar”?

O uso de metáforas sempre deixa o verso mais interessante. Se o poeta dissesse simplesmente que “havia muitas estrelas no céu” e “a lua refletia luz no mar”, os versos não seriam tão poéticos.

PROPOSTAS DE ATIVIDADES

1. Paródia do texto “CANTADA”, de Ferreira Gullar, utilizando elementos de nossa cidade e coisas de que gostamos e que admiramos.

2. Fazer uma lista de características (qualidades e defeitos) do lugar onde vivemos. Vamos pensar no rio, no Córrego do Ouro, na cachoeira do Salto, na Serra da Cruz,  numa praça, em uma árvore, enfim, em algum lugar da cidade do qual você goste muito. Agora, vamos anotar as sensações que esse lugar desperta, as cores que percebem, os sons e os cheiros que existem lá.

3. Vamos fazer comparações:

a) O rio é ________________ como _______________
b) O rio tem cheiro de __________________________
c) A cor do rio parece __________________________
d) A minha rua tem um barulho como _____________
e) Minha cidade até parece _____________________
f) No pátio da escola tem uma árvore que parece _____


4. Agora, vamos criar metáforas:
a) O rio _________________________________
b) Minha rua ____________________________
c) O céu de minha cidade __________________
d) Minha cidade _________________________
e) A árvore da escola _____________________


OFICINA 10 – O LUGAR ONDE VIVO

• Estudar poemas sobre a terra natal de diferentes escritores;
• Resgatar sentimentos sobre o lugar onde os alunos vivem.

MILAGRE NO CORCOVADO
Ângela Leite de Castilho Souza

Todas as noites
de céu nublado
no Corcovado
faz seu milagre
o Redentor:
fica pousado
no algodão-doce
iluminado
como se fosse
de isopor.

Mas todos sabem
que bem de perto
esse Jesus
é um gigante
de mais de mil
e cem toneladas...
Suba de trem,
vá pela estrada,
quem chega lá,
ao pé do Cristo,
vira mosquito.

E olhando em volta
para a cidade
de ponta a ponta
maravilhosa
a gente sente
um arrepio:
o milagre
é o próprio Rio!

1. É interessante mostrar imagens do corcovado e perguntar de alguém da turma já esteve lá.

2. Qual o tema do poema?

3. Vamos observar as metáforas presentes no texto.



CIDADEZINHA – Mário Quintana

Cidadezinha cheia de graça...
Tão pequenina que até causa dó!
Com seus burricos a pastar na praça...
Sua igrejinha de uma torre só...

Nuvens que venham, nuvens e asas,
Não param nunca nem um segundo...
E fica a torre, sobre as velhas casas,
Fica cismando como é vasto o mundo!...

Eu que de longe venho perdido,
Sem pouso fixo (a triste sina!)
Ah, quem me dera ter lá nascido!

Lá toda a vida poder morar!
Cidadezinha... Tão pequenina
Que toda cabe num só olhar...


1. Qual é o tema do texto?

2. O poema nos faz lembrar de coisas alegres ou tristes?

3. Você consegue imaginar, “visualizar” a cidadezinha descrita por Quintana? É parecida ou muito diferente da nossa?

4. Vamos observar as comparações e as metáforas usadas nos dois textos.

5. Mário Quintana usa o recurso da rima para exprimir a simplicidade e o encanto da sua cidade. Além de usar rimas originais, ele se preocupou com o ritmo do poema. Já Ângela Leite de Castilho Souza não rima seus versos. Ela prefere outros recursos, como a comparação e a metáfora. No verso “fica pousado no algodão-doce” ela mostra sua visão do Cristo iluminado à noite, cercado pelas nuvens. Para a autora, é um milagre o gigante de muitas toneladas pousado no algodão-doce.

SÓ RELEMBRANDO...

O tema do poema que os alunos vão produzir é “O Lugar Onde Vivo”. Eles não devem repetir o tema no titulo. Devem criar um título original e sugestivo. Embora todos devam escrever sobre o mesmo tema, cada um poderá escolher um título diferente.


OFICINA 11 – UM NOVO OLHAR

• Propiciar um olhar novo e original sobre o lugar onde cada aluno vive.

A maioria dos poetas têm uma fonte em que buscam inspiração para compor seus poemas. Muitas vezes, essa fonte é o lugar onde vivem ou viveram. Manuel Bandeira, por exemplo, tem no Recife de sua infância um de seus temas preferidos. Da mesma forma, a vivência interiorana e a paisagem de Minas Gerais marcam a obra de Carlos Drummond de Andrade.

Os alunos-escritores devem se inspirar no lugar onde vivem. A fonte de inspiração não é só a cidade, mas também o bairro, a rua, as paisagens, os locais interessantes, seus moradores, a cultura e as peculiaridades. Ajude-os a buscar essa inspiração, resgatando impressões, sensações e sentimentos, de forma que encontrem um olhar pessoal e único sobre o lugar onde vivem.

O poema que será produzido não precisa falar sobre todos os aspectos da cidade, pois assim os versos podem ficar longos e desinteressantes. Por outro lado, deve revelar peculiaridades do lugar que podem encantar e conduzir o leitor ao mundo do poeta.

CONFIDÊNCIAS DO ITABIRANO
(Carlos Drummond de Andrade)

Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas...

ALMA CABOCLA – Paulo Setúbal

E, na doçura que encerra
Esta simpleza daqui,
Viver de novo, na serra,
Entre as gentes desta terra,
A vida que eu já vivi...


TER O QUE DIZER

Buscar o que dizer num poema é muito diferente de buscar assunto para outros tipos de texto. Por exemplo, quando ensinamos nossos alunos a escrever um artigo de opinião, é preciso fazer uma pesquisa para a coleta de vários dados, mas no caso dos poemas, isso é bem diferente.

Fazer poesia não é organizar informações objetivas em forma de versos. O ofício do poeta não é descrever aquilo que vê, mas expressar sentimentos e vivências interiores. Do contrário, o poema pode perder seu encantamento e sua originalidade.

VAMOS CONVERSAR SOBRE NOSSO LUGAR...

... a cidade, o distrito, o bairro, as ruas, os espaços interessantes que impressionam de alguma forma. Bom mesmo seria fazer um passeio pela cidade.

O objetivo aqui não é coletar dados, é incentivar a observação de pequenos detalhes, perceber as impressões e as sensações causadas por essa observação:

a) O eles sentem?

b) Qual a cor predominante desse lugar?

c) Quais os ruídos do lugar onde vivem?

d) O sol, as nuvens, o calor, o frio... que sensações despertam?

e) Se você tivesse que descrever um desses lugares para pessoas que não os conhecem, como faria?

OBS.: Para escrever sobre o lugar onde vivemos, é preciso, antes de tudo, aprender a olhar esse lugar com olhos apaixonados. Tem que ser um olhar diferente daquele do dia a dia.

Veja essa estrofe de Alberto Caeiro (Fernando Pessoa):

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e rios.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e flores.

a) O que o poeta quis dizer com esses versos?

b) Muitas vezes, olhamos as coisas com pressa ou de maneira superficial, ou ainda, com olhar de rotina. Assim, deixamos de ver todos os obstáculos, de observar coisas que estão ocultas à primeira vista.


OFICINA 12 – VIRANDO POETA

• Escrever um poema com o tema da Olimpíada: “O Lugar Onde Vivo.”

UM EXEMPLO

O MUNDO DENTRO DA REPRESA DO FRADE

A represa é presa
Presa com água
E feita de pedra, pesada
Com mil toneladas de água.

Lá embaixo os peixes:
Cascudo, cará, carapeba
Brincam de esconde-esconde
Se entocando nas pedras.

Desce a correnteza, correndo
Descansa na represa
E cai pelo caidor
Fazendo cócegas nas pedras.

A água de baixo
Temendo a água de cima
Faz onda para escapar
Fugindo para outro lugar

Sobre a estreita ponte
O danado do vento
Vem assustar a gente
Com seu sopro violento
As árvores nas beiras
Se seguram na areia
Temerosas
Não querem ser levadas
Pela força da correnteza

Da minha janela vejo esse
Mundo:
Um mundo dentro do outro
Preso nas muralhas da represa

(Texto de Carla Marinho Xavier, aluna da professora Maria Luiza Alves da Silva – vencedoras da edição 2006 do Programa Escrevendo o Futuro.)

Agora, vamos a produção do poema que irá participar da Segunda Olimpíadas de Língua Portuguesa. Cada aluno deve exprimir no texto a visão pessoal e original do lugar onde vive.

1) Para mostrar impressões e sentimentos, devem usar as palavras de forma diferente. Os recursos poéticos estudados nas oficinas devem ser utilizados..

2) O tema proposto é “O Lugar Onde Vivo”. Pensando nesse tema, o aluno fará seu primeiro rascunho, deixando a emoção fluir e soltando a imaginação.

3) Para compor poemas, mesmo os poetas consagrados ficam muito tempo melhorando seus versos, arrumando, organizando, mexendo nas palavras. É preciso tempo, não só para fazer correções, mas para aprimorar o texto. É assim que os poetas deixam de lado o lugar-comum, rompem com os clichês e conseguem encantar o leitor com um texto original e criativo.

4) Agora vamos aprimorar os poemas que foram escritos:

a) O título do poema é criativo?

b) O texto tratou do tema, mostrando características e peculiaridades do lugar onde vivem?

c) O poema usa alguns dos recursos estudados nas oficinas: rima, quadra, aliteração, comparação, metáfora?

d) O poema tem um ritmo cadenciado?

Feito isso, vamos passar os poemas a limpo e escolher junto com a turma os três melhores para encaminhar a comissão julgadora da escola.

É interessante fazer uma culminância desse projeto com um novo sarau, dessa vez com os textos dos próprios alunos.

terça-feira, 16 de março de 2010

COLETÂNEA LITERÁRIA DO COLÉGIO PEDRO ADAMI - 2009

APRESENTAÇÃO



“Quem lê viaja”. A proposta desta coletânea é que você, leitor, viaje. O passaporte está em suas mãos, use-o à vontade. Nossos alunos-escritores já fizeram a viagem de produção. Agora é sua vez de fazer a viagem da leitura.

A cada ano me surpreendo com o potencial dessa galera. Aliás, acho que já nem me surpreendo, já espero que seja sempre uma belezura, e tem sido. Agradeço à direção do Pedro Adami pelo incentivo a este trabalho, bem como pela liberdade pedagógica. A cada participante agradeço pela resposta a este projeto.

Já por dois anos seguidos o Pedro Adami está na coletânea do Macaé Cidadão e isso é maravilhoso. Tanto os alunos participantes quanto eu vibramos com isso, assim como vibramos com nossas coletâneas anuais.

A cada aluno-escritor, contemplado ou não nesta coletânea, meu carinho. A você, leitor, boa viagem.



Prof. Isac Machado de Moura



PROPOSTA: criar uma paródia do texto CANTADA, de Ferreira Gullar, incluindo elementos da realidade de cada um.


CANTADA

você é mais bonito que a pedra do Frade

você é mais bonito que uma rosa vermelha

você é mais bonito que o azul do céu,

que os peixinhos no aquário,

que um cachorrinho peludo.

você é mais bonito que a estrela do mar

você é mais bonito que os fogos de artifício da virada do ano

mais bonito que as cachoeiras,

que o céu estrelado,

que o eclipse.

olha, você é tão bonito quanto o mar

e quase tão bonito

quanto o amor que há no coração de alguns

seres humanos.


Fernanda Souza  - Turma E-3101



Gosto muito de escrever. Quando escrevo esqueço de tudo e de todos, viajo em meus pensamentos e posso dar vida a quem não tem, posso fazer voar quem jamais conseguiria. Quando escrevo, o mundo fica em minhas mãos e posso fazer tudo acontecer usando a imaginação. (Carla Priscila – E-1102)


CANTADA

Você é mais bonita que uma Ferrari vermelha

no circuito de pistas em Mônaco

Você é mais bonita que o Cristo Redentor.

Você é mais bonita que um gato do mato,

que um filhote de golfinho,

que um Cruzeiro 5 estrelas em mar aberto.

Você é mais bonita que uma guitarra feita de diamante e adornada com jaspe.

Você é mais bonita que o estúdio de gravação

da banda U2,

mais bonita que Taís Marques,

que a Catedral do Rio de Janeiro,

que o vermelho da rosa no campo.

Olha,

você é tão bonita quanto o nascer do sol

na praia dos Cavaleiros

e quase tão bonita

quanto a queda d'água da Cascata.


Cristian Guimaraens  - Turma E-2101


PROPOSTA: Quando a rotina vira poesia. Produzir um texto em verso que fale de pessoas comuns, anônimas ou não, que façam parte de nossa rotina.


O MOTORISTA DA VAN

De segunda a sexta

sempre a mesma coisa

cada dia ele passa

em um horário diferente,

nunca sei ao certo a hora de

sair de casa;

alguns dias está sério,

outros, mais sorridente,

mas é sempre a mesma coisa:

sempre adiantado ou atrasado.

Se perguntamos que horas ele

vai passar, diz um horário,

mas quase nunca o cumpre.

Ao sair do colégio,

ele está lá esperando os alunos,

mas de vez em quando os alunos

o esperam chegar,

sempre a mesma coisa...

esperamos um dia mudar.


Marina da Silva - Turma E-3101



MEU PROFESSOR DE REDAÇÃO


Meu professor de redação é um pouco

"diferente".

Ele entra na sala de aula quieto,e quando

perguntamos alguma coisa ele diz:

heim!! .... ham!!

ele também diz coisas estranhas como nomes de

pessoas misturados com nomes de frutas, animais, etc.

Na prova, quando pedimos explicação de algum exercício,

ele diz: " é, pois é"!

Embora seja um pouco " maluquinho", não deixa

de ser um bom professor.

Ele nos ensina e nos diverte ao mesmo tempo,

e por incrível que pareça, aprendemos melhor assim,

pois a aula fica mais interessante e divertida.


Fernanda - Turma E-3101



Gosto muito de escrever. Quando escrevo sinto a minha alma mais leve, tranqüila; vou desabafando, e a cada palavra, minha tristeza fica totalmente para trás. Com o passar do tempo, vou me sentindo mais alegre, disposta a enfrentar as coisas sem sentir medo da hora do sofrimento. (Janinha Leal – turma E-1102)


O MOÇO QUE VARRE A RUA


Uma pessoa diferente

Uma pessoa que aparenta

Ser de bom caráter

Tentando sustentar

Sua família.

Não o conheço

Mas eu o vejo diariamente

Dias ele está triste e quieto

Dias ele está alegre e cantante.

Não sei o que se passa na cabeça dele

Não o conheço

Mas sei que preciso dele

Todos do meu bairro precisamos dele

Para não andarmos na sujeira.


Nathany  - Turma E-2101


“Quem lê viaja.” Quando leio, é como se estivesse dentro do livro, vivendo o momento. Ler é uma dádiva divina, é deixar-se viver outras emoções através da experiência de outros. Busco nos livros respostas que nem sempre uma pessoa poderia me dar... coisa de amigo, sabe?” (Gisele Freitas Leal – turma E-1102)


O PEDREIRO DA MINHA CASA


Ele chega quieto,

sem fazer barulho.

Pega as ferramentas

tudo num embrulho
faz a massa

quebra, bate,

mas constrói

a casa

Da areia

do cimento.

As vezes do nada

de repente aparece

uma casa.


Karoline Godin  - Turma E-1102



“Quem lê viaja!” Quando leio é como se pudesse ir bem longe, conhecer aquilo que não posso, viver aquilo que não está ao meu alcance. Quando leio, aprendo, descubro, viajo e realizo coisas impossíveis. Lendo, posso ser a mulher maravilha, uma gatinha, posso virar sereia. Acima de tudo, a leitura me proporciona o saber.” (Vânia Junger – turma E-1102)


A SECRETÁRIA DO CURSINHO


Eu subia as escadas, chegava à porta,

lá estava a secretária Lydianne.

Sempre com uma revista na mão,

às vezes pintando suas unhas,

às vezes ao telefone.

Dava um bom dia com um sorriso no rosto

e me indicava a sala para eu estudar.

Quando não havia aula no curso,

ela me convidava para tomar um café,

sempre me contava umas lorotas...

Ao fim da tarde,

Lydianne pegava suas coisas,

assinava um caderno,

e ia embora.


Cristian Guimarães Thomaz - Turma E-2101


“Quando escrevo, minha imaginação flui. Escrever é uma forma de desabafar, parece que alivia a tensão, é melhor que gritar.” (Nathany – turma E-2101)


O PADEIRO

O padeiro é uma pessoa trabalhadora

acorda cedo todos os dias

faz os pães

e um pouco mais tarde abre a sua padaria.

A tarde é a mesma rotina

faz os pães

e põe para vender

todos os dias é a mesma rotina.


Inglid Flor Franco - Turma E-2101


“Quando escrevo, estou expondo todos os meus sentimentos, tentando fazer com que a pessoa que ler o meu texto sinta ou tenha a mesma ideia. Um bom texto é aquele que envolve o leitor, que o faz viajar. Escrever é um dom.” (Cristian Thomaz – turma E-2101)



A LUNA

Talvez nunca saiba

que fiz-lhe esses versos;

talvez diga-lhe que fiz,

publique.

Não sei.

Sei que tem uma beleza simples,

natural,

especial,

talvez triste,

talvez séria,

talvez nada disso;

encanto

que do meu canto admiro

e que me encanta

quando abre-se num sorriso

que palavras não descrevem.

Seu rosto exala juventude,

quietude,

futuro,

é maduro seu olhar cortante,

atento,

observador,

um amor essa minha aluna.


Isac Machado de Moura


PROPOSTA: Criar uma narrativa de ficção imaginando-se portador de consciência e de memória no momento do nascimento,.


EU NASCI ASSIM

Quando acordei fui me espreguiçar e aconteceu um fato diferente: a água começou a sair, só não sei por onde. Fiquei um pouco assustada, mas depois fiquei calma; escutei um barulho estranho, era a sirene da ambulância, estávamos indo para o hospital. Minha mãe estava muito nervosa, ficamos lá muito tempo, umas 7 horas, até que o médico disse que iria fazer uma cesariana. Eu pensei: “será o que é isto?” Depois de algum tempo, começaram a mexer na barriga, de repente alguma coisa me pegou, eu fiquei apavorada e comecei a chorar. Somente quando me colocaram perto da minha mãe, fiquei mais calma. Eles me pegaram de novo, começaram a me limpar e colocaram em mim um macacão lindo, eu adorei, me levaram para o quarto junto de minha mãe e meu pai. No quarto tinha mais gente e todo mundo mexia comigo, eu achei aquilo muito chato, pois queria dormir.


Marina Cipriano  - Turma E-3101


EU NASCI ASSIM...

Eu estava muito bem na barriga da minha mãe já há nove meses, quando começou a me dar um tédio, uma vontade de fazer algo novo. Foi quando eu resolvi: ”Vou sair dessa barriga, vou nascer”. Comecei a chutar, empurrar, socar a barriga da minha mãe até ela ir para o hospital e o médico me tirar da barriga dela.

O parto da minha mãe foi difícil, pois eu a chutava muito para sair da sua barriga. Até que depois de muita luta eu nasci. O médico nem precisou me bater para chorar, pois já nasci chorando muito.


Karoline Stéfane Loureiro Godim. - Turma E-1102



“Gosto muito de escrever. Quando escrevo, meus pensamentos fluem e eu libero minha imaginação. Realmente, ao escrever, tenho toda a liberdade de expressar o que penso, minhas opiniões. Posso inventar tudo do meu jeito. Posso recriar o mundo a minha maneira, do jeito que quero que seja.” (Lídia Figueira – turma E-2101)


EU NASCI ASSIM


Eu estava tranquila na barriga da minha mãe, quando de repente veio uma enchente e me levou para fora... que sensação terrível. Quando eu menos esperava um "buraco" foi aberto e eu tinha que sair por ele, deixar o conforto da barriga da minha mãe, eu não queria sair, mas...

De repente, eu me vejo saindo daquele conforto, aquele homem estranho me segurando, dando um "tapa" em mim para eu chorar e cortando a única ligação que ficou com minha mãe, chorei tanto, pois, eu não podia fazer nada para mudar aquilo. Para piorar a situação, eles me tiraram de perto da minha mãe, me levaram para um lugar cheio de bebês. Pôxa, fiquei tão triste, eu queria tanto voltar para a minha mãe. Mas, de repente, uma enfermeira me pegou no colo e me levou para perto da minha mãe, para ela me amamentar, mas depois me levou embora de novo.

Até hoje eu não entendo porque isso aconteceu, a sensação de nascer é muito estranha.


Inglid Flor Franco - Turma E-2101


“Para mim, poesia é o que nos encanta, nos inspira, o que atiça nossos sentimentos. A poesia tem a capacidade de mexer com o nosso interior. A poesia nos torna pessoas mais sonhadoras; ela é capaz de nos fazer refletir, relembrar, emocionar, encantar e inspirar.” (Lídia Figueira – turma E-2101)


EU NASCI ASSIM...


Era dia 20 de março, e eu já não estava mais acomodada igual antes, não podia nem me esticar, então resolvi sair, não foi fácil. Apesar de ter sido cesariana, custei a pegar no ponto certo, e fazer com que minha mãe sentisse dor, mostrando que eu queria sair. Com 3,150 Kg nasci na manhã do sábado, 21 de março, com muita raiva, por conta dos apertos que passei. Ainda vem um retardado e me bate, vê se pode?! A sorte dele é que eu estava cega, por causa da luz forte em meus olhos. Então me mandaram logo pro berçário, depois que recuperei minha visão, avistei toda a minha família babando, só porque estavam me vendo, foi o único momento que fui o centro das atenções, que tristeza!


Tainá Borges - Turma E-3101


“Quem lê viaja!” Quando leio, é como se mergulhasse em um lugar diferente, novo. Toda a história passa como um filme em minha cabeça; são novos horizontes se abrindo. A leitura além de proporcionar prazer nos ensina novas coisas. Quem lê tem maior bagagem de informação. O livro é um passaporte que me permite viajar por muitos lugares. Cada livro nos traz um mundo diferente.” (Lídia Figueira – turma E-2101)


MEU NASCIMENTO


Estava tranquilamente dormindo um soninho bem gostoso, quando de repente me assustei com um movimento muito grande. Não sabia o que estava acontecendo, sei que fiquei com muito medo. De repente senti que alguma coisa me empurrava, não sabia o que era, só sei que não tinha forças para permanecer no meu lugar bem quentinho. De repente,minha cabeça saiu de dentro da minha mãe e avistei um homem todo de branco ,ele me puxou e o meu corpo saiu por inteiro, e por incrível que pareça ele me deu um tapa, pois é, aquele cara desconhecido deu um tapa em meu bumbum.  Pensei: por que ele me bateu? eu não fiz nada!
Logo em seguida, ele me colocou sobre a minha mãe, ah foi tão bom. Só que logo em seguida ele me tirou e me entregou a uma mulher toda de branco. Ela me tirou dali e me levou para uma sala onde me examinou, me limpou e colocou roupas em mim. Em seguida ela me levou de volta para minha mãe, aí eu fiquei feliz, pois estava com minha mamãe.

Só não entendi uma coisa: quem era aquele homem de branco e aquela mulher?

Joiciane Dias dos Santos - Turma E-2101


O MEU NASCIMENTO

Bom, pra começa, foi horrível. Estava eu num lugar bem escuro e cheio de água, porém era bem quentinho, não fazia ideia de onde estava. Eu já ia me preparar para o meu soninho quando de repente o lugar onde eu estava começou a me empurrar para fora. Quando eu olhei para o lado, eu vi um buraquinho com uma luz lá no fundo. Daí, fui ficando cada vez mais próxima da luz, sem contar que eu estava de cabeça para baixo. Primeiro foi a minha cabecinha, de repente eu vi aquela luz nos meus olhos e foi um impacto; daí eu ouvia aquele homem de verde com um pano redondo na cabeça, que chamavam de toca, dizendo: “vai, tá saindo!” E minha mãe fazendo um barulho muito esquisito assim: am, am, ai, ui !

Eu me sentia uma gelatina saindo da forminha. Aí do nada eu fui cuspida e por pouco não caio no chão, me levaram para uma mesa e enfiaram um troço na minha boca, sem contar que aquele homem feio bateu no meu bumbunzinho. Foi horrível!
Ingrid Elizabeth  - Turma E-3101


EU NASCI ASSIM...

Eu já estava há mais ou menos nove meses dentro de um lugar escuro, quentinho, muito aconchegante, pra falar a verdade, na maior mordomia. De repente eu senti um movimento estranho, começou a alagar tudo, e alguma coisa estranha começou a ficar mais acelerado, eu fiquei desesperada, não sabia o que fazer. De repente no meio da escuridão, começa a aparecer uma luz, e alguma coisa estava me forçando a chegar perto daquela luz; quando eu cheguei perto da luz um homem muito grande pegou na minha cabeça, pegou no meu corpo e me puxou, eu não sabia o que fazer, aí eu comecei a gritar, gritei o mais alto que eu consegui. Aí eu vi um cara com um negócio brilhando, com duas pontas e cortou a única coisa que poderia me ajudar a voltar pra lá, me enrolaram num pano e me limparam toda, depois me levaram pro colo da minha mãe, foi a coisa melhor que aconteceu, não era como antes, mas continuava sendo maravilhoso.

Nathany Moura dos Santos - turma E-2101



PROPOSTA: produção de uma crônica – o cronista como um colecionador de instantes.


A CAMINHO DE CASA

Na verdade, na maioria dos dias acontecem as mesmas coisas: acordo, vou para a escola, estudo, vou para casa, almoço, fico a tarde toda na internet, espero minha mãe chegar e brigar comigo por não ter feito os serviços de doméstica, janto, tomo banho e vou dormir. Mas naquele dia foi tudo diferente: acordei com o pé direito, levantei cedo, tomei um bom banho demorado, um reforçado café da manhã e fui para a escola super animada, perfumada, arrumada e linda; fiz todas as tarefas, contagiei a todos com minha alegria, tanto que me perguntavam o porquê de tamanha animação, e eu respondia que nem eu mesma sabia.

O sinal tocou, a aula acabou, fui me direcionando ao portão, quando percebi que meu cabelo estava bagunçado, geralmente eu não ligo para isso, afinal, a minha casa não é tão longe da escola, mas não custava nada arrumar o cabelo.

Estava a caminho de casa, quando notei a presença de uma pessoa andando ao meu lado, a observei, e percebi que ele fez o mesmo, trocamos olhares, algumas palavras necessárias. Desse dia em diante, começamos a voltar todos os dias juntos para casa, e ficamos, e estamos namorando. Nunca pensei encontrar um namorado a caminho de casa.

Tainá Borges  - turma E-3101


PROPOSTA: após a leitura da letra da canção CLARISSE, de Renato Russo, imaginar-se amiga da personagem e escrever-lhe uma mensagem de apoio para que saia daquela vida.


Clarisse,

Na vida estamos cercadas por problemas, mas não é por isso que vamos cair e desistir no primeiro obstáculo. Temos que lutar, bater de frente com os problemas, lutar contra eles.

Sei que você pensa que ”quem sou eu pra ficar falando da sua vida? Para lhe dar conselhos? Não sei o que você está passando!” Mas não é assim. Eu sei o que você está passando, sei o que você está sentindo. Sei que quando estamos desiludidos com o mundo, quando a nossa vida parece um inferno, que nada nem ninguém nos entende, temos vontade de morrer, sumir. Já passei por isso, estou passando, todos os adolescentes passaram, passam ou estão passando por isso, faz parte da vida para amadurecermos.

Eu sei que tem dias que não queremos dizer nada, queremos apenas ficar quietos, pensando na vida, nos nossos problemas, mas nossos pais, nossas famílias acham que estamos sendo idiotas, bobos, que esses problemas que temos não equivalem a 1/3 dos problemas deles, mas não é assim. Às vezes também acontece de todo mundo ficar em cima, querendo cuidar da gente, mas aquele cuidado possessivo, que nos sufoca. Ficam querendo saber o que está acontecendo com a gente, o que a gente tem. Muitas das vezes nada temos, mas dizemos que estamos tristes para ver se assim nos deixam em paz.

É difícil ter forças para sobreviver quando vemos que a nossa vida não é igual a da TV, onde tudo é perfeito, o bem sempre vence o mal, a mocinha sempre fica com o príncipe encantado, quando mãos amigas se transformam em punhais, quando todos dizem que você não é capaz de realizar seus sonhos, seus objetivos. Mas é nessas horas, Clarisse, que temos de levantar nossas cabeças e acreditar que somos capazes, que se a vida não é igual a da TV, tudo bem, pode até ser que possamos não encontrar o príncipe encantado, mas podemos pelo menos ficar com o sapo em metamorfose e fazê-lo virar príncipe, quem sabe!?

Temos que ter fé, Clarisse, que possamos mudar nem que seja 1/10 do mundo. Porque mesmo o mundo estando horrível, vergonhoso de se viver, temos que ajudar a fazer a diferença, temos que ajudar o mundo a voltar a ser o que era antes, assim as outras pessoas vão nos ver tentando mudar o mundo e vão tomar consciência do que estão fazendo com ele. E então todos juntos mudaremos o mundo.

Então ouça meu conselho, Clarisse, acredite em você, esqueça de tudo e de todos, seja você mesma, faça o que bem entender e seja feliz, porque tudo isso no futuro não passará de lembranças das quais daremos risadas.

Karoline Godim. - Turma E-1101


PROPOSTA: a partir da leitura de um fragmento da obra A HORA DA ESTRELA, de Clarice Lispector, produzir um texto em verso sobre ESTAR GRÁVIDO/A DE FUTURO.


ESTOU GRÁVIDO DE FUTURO

Tenho a certeza...

Certeza de que eu vou chegar lá.

Por mais que seja doloroso,

demorado, cansativo.

Faz parte de mim

sofrer e vencer!

Cuido dele como se fosse um filho.

Invisto com todas as minhas forças.

E sei que quando chegar a hora,

descansarei e desfrutarei.

Terei orgulho de olhar para trás

e dizer que tudo valeu a pena!


Cristian Guimarães Thomaz - Turma E-2101


GRÁVIDA DE FUTURO

Estou grávida de futuro.

Nossa! não aguento mais

Essa espera,

Estou ansiosa.

Preciso saber logo

Como vou me sair,

Estou a espera

De uma notícia

Essa notícia

Pode mudar minha vida,

Mudar meu futuro.

Será que eu vou passar

Na prova do ENEM?

Nathany Moura dos Santos - Turma E-2101


ESTOU GRÁVIDA DE FUTURO

Estou esperando um futuro

Que talvez não chegue,

Sonhando com um futuro melhor,

Desejando,

Que tudo mude.

Será que isso um dia vai acontecer?

Talvez sim,

Pois,milagres acontecem,

Pessoas mudam

E também o mundo

Um dia

Pode MUDAR....

Andreza  - Turma E-2101


“Quando escrevo, liberto minha alma. Quando ninguém me “entende”, escrevo. Quando estou triste e escrevo, é como se eu estivesse desabafando, e quando “procuro” a tristeza em mim, já não encontro mais. Ela se foi.” (Josiele – turma E-2101)


GRÁVIDO DE FUTURO


Amanhã viverei

sem saber detalhes,

porém,o que vai acontecer

talvez já devo saber...

meu pai fez sua escolha

e do jeito dele vai ser.

Vou crescer e virar doutor,

assim devo viver.

Deve ter escolhido por mim

por ter meu avô feito o mesmo,

e, assim, toda a família

como tradição gerou o futuro dos filhos.

Serei imparcial,

deixarei meu filho aprender, decidir,

não direi o que vai ser,

se doutor,ou poeta...

ele saberá ser feliz.


Teófilo Joaquim S.Cruz  - Turma E-2101


GRÁVIDA DE ESPERANÇA

Estou grávida de esperança!

esperança de um mundo

melhor!

sem violência, crimes, mortes...

espero uma vida com mais

amor e alegria, com mais

doces e brincadeiras para as crianças...

mais beijos e abraços

para os namorados e mais soluções

para os problemas do senado.

Estou grávida de futuro!

Estou grávida e espero um dia

viver num lugar melhor!

Um futuro de esperanças!

Giane Neves - Turma E-3101


“Quando escrevo, me sinto à vontade, me sinto livre para me expressar. Quando escrevo, procuro viver as palavras, abuso dos sentimentos e da intensidade. Há um lado de mim que só conheço ao escrever, talvez uma personalidade oculta. Escrever me faz sentir bem. A poesia é o depoimento da alma.” (Teófilo – turma E-2101)


GRÁVIDA DE FUTURO

Estar grávida de futuro

é estar bem,

é se sentir renovada,

com alma leve e

cheia de esperança.

Estando grávida de futuro,

é como se a vida

recomeçasse do zero,

você volta ao ponto

de partida e

muda a sua história.

Estou grávida de futuro,

simplesmente porque

não há como viver

sem esperança, sem aquela vontade de viver

e de se aventurar.

Karen Pacheco - Turma E-3101


GRÁVIDA DE FUTURO

Estou grávido de futuro,

ou seja,aguardando um futuro

sem medo de ser um futuro ruim,

mas encarando com coragem.

A vida é assim...

vivendo e aprendendo com os erros,

ela é feita do passado e do presente,

e aguardando o futuro.

A vida é feita de momentos;

no futuro, pretendo ser melhor do que sou hoje.

Elton Linhares Vieira - Turma E-3101


“Quem lê viaja!” O livro é um passaporte. Quando pego um livro e começo a ler, viajo por lindos lugares, vivo um verdadeiro conto de fadas, com direito a castelo e, principalmente, um príncipe encantado. Ler é abrir a porta do conhecimento, é desvendar mistérios e viver lindas aventuras.” (Gilmara Machado – turma E-2101)




PROPOSTA: minhas crises, meus monstros...


CONFUSO

Estou em fase de amadurecimento,

Desenvolvimento físico e psicológico.

Não vivo agora em submissão,

Mas em crítica e entendimento.

Crítica que me leva a pensar,

Estar em reflexão.

Crítica que me leva ao saber,

Me deixando em confusão

Por não entender.

Não uma confusão permanente

Que me assole pela eternidade,

Mas confusão passageira

Que me atormenta nesta fase

Que estou vivendo.

Além dessa confusão,

O que me resta é pensar,

Raciocinar,

Meditar.

O que resta agora não é a crítica,

Mas sim a dúvida de saber

O que pode me esperar.


Felipe Custódio  - Turma E-1102


CONFUSA

O dia passa, a noite vem,

E eu continuo confusa,

Confusa eu estou,

Se eu o amo ou não.

Os dias passam,

E os meses também.

E eu continuo confusa,

Será que ele me ama também?

De tudo que passei,

De tudo que irei passar,

Eu sempre continuo confusa,

Será que é ele mesmo que hei de amar?

De todas as conversas,

De todas as alegrias...

Mesmo assim continuo confusa,

Assim termino mais um dia.

Mesmo confusa, eu te amo

Mas não sei se é verdadeiro,

Se namoro ou amizade...o que realmente quero?

Quero apenas um amor ,mas que seja sincero.


Aline Medeiros - Turma E-2101


A CRISE

Eu tento me encontrar,

mas não sei onde estou,

procuro um lugar

mas não sei se ele existe.

Minha mente não está legal...

acho que estou em crise.

A vida tá passando,

não sei o que faço;

a crise tá me matando,

espero que isso melhore,

pois a vida está apenas começando.


José Lucas - Turma E-2101


“Quando leio, é como se eu fosse para bem longe, para um mundo onde os meus desejos se realizam, onde eu posso conhecer novos lugares através da imaginação.” (Elaine da Silva Oliveira – turma E-2101)


A SOLIDÃO

O amanhecer é escuro

sem você,

as horas passam,

os dias se vão...

ó solidão.

A rua é bela,

estou sempre com ela,

mas ela está com os outros.

A noite é linda,

mas...e eu?

as estrelas brilham,

e o brilho de meus olhos?

ninguém o vê

Preciso dormir,

mas você

não me sai

do pensamento...

O amanhecer é escuro...

Elisângela Moura Pereira - Turma E-2101


EM PAZ COMIGO, EM GUERRA COM OS OUTROS... POSSÍVEL?

Estou sozinha,

Fico em paz.

Quando chega alguém,

Pronto, não estou mais.

A presença de alguém

Não me faz tão bem

Quanto eu queria

Com você, meu bem.

A guerra que você traz

Me abala, me maltrata,

Mas, longe de você fico em paz

Sentindo sua falta!

No espelho vejo

Minha indecisão,

Te amando não me sinto segura

Será que é uma verdade

Ou uma ilusão!?

Elaine Pereira Santos - Turma E -2101



O MONSTRO QUE MORA EM MIM

Não querendo ser modesta, mas já sendo, eu vou começar dizendo que eu sou um doce de pessoa, amo todos que estão em minha volta, nunca fiz um mal para ninguém. Mas aí é que tá, vou ser sincera, tem algo dentro de mim que eu acho que é maior do que toda essa bondade. Ás vezes eu tenho uns pensamentos loucos, por exemplo, queria saber como seria morrer, ou melhor ainda, como seria matar. Tem dias que eu tenho vontade de correr, gritar, bater em alguém; não acho isso normal. Mas eu acho que todos têm o seu momento “grilo”, todos ficam grilados com alguma coisa, as vezes temos vontade disso tudo ou temos vontade de chorar e de rir.

O importante é ter vontades, mesmo sabendo que nem sempre é possível realizá-lasl. Por exemplo agora estou com vontade de dormir e não posso.

Nathany – turma E-2101


O livro é um passaporte. Quando pego um livro e começo a ler, posso iniciar uma viagem para um lugar distante da realidade. Quando leio, não sou mais uma simples moça, sou aquela que conta uma história, que viaja, ama, sente medo, que vira guerreira e combate em batalhas. (Ester do Espírito Santo – turma E-2101)


EM PAZ COMIGO, EM CONFLITO COM OS OUTROS


Ultimamente, na minha vida, as coisas estão acontecendo de modo estranho, ando brigando com as pessoas, tendo discussões, entrando em conflito, mas ao contrário do que as pessoas pensam, estou em paz comigo. Isso que está acontecendo comigo é possível para poucos, estranho para muitos e difícil de entender para todos.

Essa fase que estou passando espero que acabe logo, pois estar em paz comigo e em guerra com os outros, ninguém aguenta e ainda pior, nem minhas amigas estão me aguentando. Possivelmente um dia irei mudar e estar em paz com todos.

Andreza Xavier - Turma E-2101


O livro é um passaporte. Quando pego um livro e começo a ler, vivo o personagem, viajo na história, sinto o calor da batalha, o rugido do leão, o calor do vento; sinto a tristeza dos acontecimentos, vivo os juramentos, percebo o espírito do aventureiro; tudo isso viajando pelas páginas de um livro. (Matheus – turma E-1101)


VIVE EM MIM

A Força que me faz viver,

algo que eu preciso, e preciso muito mesmo.

Por ser tão Belo,

tão Maravilhoso,

acaba sendo um monstro.

Tão Forte, Protetor, que,

quando penso em cair,

sua Mão já me segura bem firme.

Me acalma nas tempestades,

me permite o ar que respiro.

Posso ouvir sua voz,

sua Mão segurando a minha mão.

É Rocha para os meus pés!

Tão Alto que não posso alcançar.

Ah! Sou tão dependente dEle.

Será que é um monstro mesmo?

Cristian Guimarães Thomaz  - Turma E-2101


Gosto muito de escrever. Quando escrevo, é como se eu pudesse ser o que quero, como se pudesse decidir o destino das personagens, como se a vida pudesse ser do jeito que eu quero. Quando escrevo, me sinto dona do mundo. É como se eu ditasse as regras, como se tudo acontecesse conforme a minha vontade. Escrever é magia. (Nátaly Costa Ramos – turma E-1101)




PROPOSTA: história de vida, preferências, aversões.


O CONCERTO

Na suave melodia,

tranquilidade

e o prazer...

no simples toque

de cordas, a alegria...

Numa noite fria e gelada,

a harmonia e o ritmo

comandam o clima.

Em seus belos e longos vestidos pretos,

percebe-se o destaque...

Olhares concentrados,

caretas excessivas,

pés marcando o compasso...

harmonia, ritmo e melodia,

um trio encantador.

Casais arriscam uma dança...

Mas nada se compara à esperta criança.

Que com as mãos imita o movimento

dos concertistas no palco.

Ah! Música... arte dos sonhos.

A única capaz de aliviar

o peso que muitas vezes

temos de carregar.

Música,

expressão divina!

Cristian Guimarães Thomaz - Turma E-2101



GAROTO CAMPISTA

Morava com os pais

Resolveu se mudar

garoto campista

o Brasil ia viajar

Gostava de areia

gostava do mar

mas queria novidades

para se encontrar

Conheceu de fato a natureza

o mais profundo natural

se encantou com seus mistérios

viu que tudo era real

Aventuras e passagens

as mais belas cansou de fazer

mas depois de tantos fatos

chegou a perceber

que havia casado

com a mais triste solidão

no mundo sem alguém

vivia em vão

Lembrou-se então

daquelas cachoeiras

os olhos cheios de lágrimas

sendo essas verdadeiras

Cada momento

era tudo tão bom

as águas que caíam

soavam um tom

Ao pôr do sol

numa tarde final

era o dia esperado

momento especial

Sensação de liberdade

no entanto,silêncio profundo

o garoto campista

despediu-se do mundo.


Teófilo Joaquim / turma E-2101


PROPOSTA ALTERNATIVA EM TODAS AS AULAS: se não está “inspirado”, escreva sobre a falta de inspiração.



O SINAL TOCOU NA HORA


Toda vez que meu professor de redação passa um exercício pra turma fazer, eu nunca consigo fazer na hora, parece que dá um branco na mente e eu fico tentando achar alguma ideia no meio de milhares de pensamentos. Na última vez que isso aconteceu, eu entrei em pânico, pois a redação valia pontos e eu não conseguia pensar em nada pra escrever, minhas amigas tiveram suas idéias e eu até as ajudei nos seus textos, enquanto o meu nem título tinha.
Fiquei quase a aula toda pensando no que escrever, às vezes vinham algumas ideias, mas na hora de passar para o papel, nada saía. Pensei, pensei, pensei e quando faltavam míseros 10 minutos para acabar a aula, surgiu: por que não escrever sobre a falta de assunto?? E o sinal tocou na hora!!

Giane Neves - Turma E-2101


Gosto muito de escrever. Quando escrevo, é como se eu estivesse viajando dentro do caderno, sem pensar na vida, só me concentrando no que estou escrevendo; escrevendo o que gosto, dando minha opinião. É uma coisa gostosa de se sentir. (Paloma Souza – E-1101)




PROPOSTA: após uma dinâmica de grupo sobre o homem ou a mulher ideal, produzir um texto, individualmente, sobre aquele/aquela que hei de amar.


QUEM SERÁ?

Quem será?

Fico pensando,

Esperando sem saber

A hora ou o dia

Que ela surgirá.

Mas como ela será?

Será bela e magrela

Ou será uma fofura gorducha?

Quem irá saber?

Só espero que seja minha,

Somente minha,

Que seja sincera

E que viva a vida

Como ela é.

Fico com a dúvida

E com a angústia de saber

Quem... quem

Eu hei de amar.

De repente paro e penso

E me vem à mente

Você nesse momento,

A cura dessa minha angústia

E percebo que já não preciso esperar,

Pois já achei aquela que hei de amar.


Douglas T. de Souza – turma E-1102


AMOR FUGITIVO

Se me amas, deixe - me ir

Corra antes que eu saiba

Meu coração é obscuro demais

Não posso destruir o que há nele

Eu não desejo ter você

Isso me faz tão mal

Eu posso te machucar no fim

Então que quebre seu corpo contra as pedras

Pedras da minha Alma

Você nunca precisou do meu amor

Me vendeu para se salvar

Eu ainda escutarei sua vergonha

Você fugiu, e aconteceu de novo

Anjos mentem para manter o controle

Meu amor foi sacrificado há muito tempo

Então fuja,

E nunca deixe que eu descubra


Matheus Pinheiro Cabral - turma E-1101


Gosto muito de escrever. Quando escrevo, é como se as palavras começassem a mudar tudo a minha volta. Nada fica como é. Tudo muda. É como se eu estivesse recriando a história do homem, vivenciando ao mesmo tempo diversos fatos. É como se eu estivesse ao lado de cada pessoa, observando cada passo dado. Quando termino, porém, tudo volta a ser como era antes e eu volto ao meu tempo parado. (Felipe Custódio – turma E-1101)